Foram os gregos que criaram os primeiros salões de beleza
Por Marisa De Lucia
Embora muitos achados arqueológicos, como navalhas e pentes feitos em pedra, revelem que os cuidados com o visual dos cabelos datam da pré-história, foi há aproximadamente cinco mil anos, no Egito, que os escravos começaram a mostrar suas habilidades como “embelezadores de cabelos”.
Em 3.000 a.C., ainda que as cabeças raspadas e lisas e os corpos sem pêlos mostrassem sinais de nobreza no Egito, era moda usar perucas de lã de carneiro ou cabelo humano e também barbas postiças para os homens.
Já os primeiros salões de cabeleireiro foram criados pelos gregos, em Atenas, construídos sobre a praça pública, o Ágora, o então espaço da cidadania. Lá, os chamados “embelezadores de cabelo”, tornavam-se escravos especiais. As escravas cuidavam dos cabelos das mulheres e os escravos dos homens.
Na Grécia antiga, prevaleciam os louros, frisados, com caracóis estreitos e discretos, com franjas em espiral. Nos salões, poetas, escritores e filósofos conversavam enquanto eram barbeados, massageados e passavam por cuidados de manicure e pedicure.
E desde aquele tempo os cabelos loiros eram raros e admirados pelos gregos e tanto as mulheres como também os homens tentavam descolorir seus cabelos com infusões de flores amarelas.
Finalmente, no século XX, a moda dos cabelos aliou-se à tecnologia. Em 1906, o londrino Charles Nestle inventou a máquina de fazer ondas permanentes nos cabelos, que levada nada menos que 10 horas para concluir o processo.
No ano seguinte, um estudante de química francês, Eugène Schuller, fundou a empresa L’Oréal, criando uma tintura para cobrir os cabelos grisalhos com cores naturais e usando um processo permanente.
Daí em diante, cada década trouxe uma moda para os cabelos, mas somente a partir da década de 70 aconteceu a plena aceitação de estilos variados para ambos os sexos, desde os cabelos soltos até o estilo “punk”, com cortes incríveis e inusitados.