Rebaixamento da energia e da disposição
Por Marisa De Lucia
Quem pensa que o termo depressão é próprio da modernidade se engana. Este termo é usado há muito tempo na Medicina. Hipócrates já havia descrito no século IV a.C. seis tipos de doença mental, entre eles a melancolia. Esse termo foi traduzido como de-premere, de “pressionar para baixo”.

No século XIX, os médicos preferiam o uso do termo depressão em vez de melancolia, para expressar o rebaixamento de ânimo, de energia e disposição. Depressão significa hoje uma doença ligada ao humor que precisa ser tratada.
Na depressão, estão presentes pensamentos constantes de cunho negativo, diminuição no prazer e ânimo para atividades cotidianas e de lazer e perda da capacidade de fazer planos. Estima-se que 9% das mulheres e 5% dos homens adultos, ao longo de suas vidas, em algum momento apresentarão sintomas de depressão.
Atualmente, há aproximadamente 121 milhões de deprimidos em todo o mundo. No Brasil, a previsão é que chegue a 17 milhões o número de pessoas afetadas. O distúrbio pode tornar-se crônico e afetar drasticamente a capacidade de uma pessoa cuidar de si e de sua vida cotidiana. Em sua pior fase, a depressão pode levar ao suicídio – aproximadamente 850 mil pessoas morrem em todo o mundo a cada ano.
Pelo fato dos sintomas físicos relacionados à depressão confundirem-se com outras doenças, as pessoas, inicialmente, procuram um clínico geral, um gastroenterologista ou um cardiologista. Isto porque os sintomas incluem dor de cabeça, dores na coluna e nas articulações, cansaço, problemas digestivos e distúrbios do sono, entre outros.